Uma pergunta frequente dos alunos da Escola Digitalista está relacionada ao “viver de internet”. Será que dá para criar um blog ou site e ser monetizado por isso? É possível mesmo trabalhar com produção de conteúdo na web e ganhar dinheiro atuando assim? Aluno da primeira turma curso de Marketing Digital para jornalistas, o ex-repórter de TV Fernando Gavini mostra que sim. E melhor ainda: hoje ele vive de sua verdadeira paixão.
Depois de mais de 20 anos de reportagem, inclusive viajando pelo mundo, recentemente Gavini tomou uma grande decisão: pediu demissão da TV Gazeta para se dedicar ao Olimpíada Todo Dia. O portal, criado originalmente como um blog em 2016, cresceu. Na verdade, ficou gigante. Só neste terceiro ano de vida, já são mais de 12 milhões de pageviews e 4,3 milhões de visitantes únicos. Inicialmente reduzida a ele, agora a equipe conta com 20 pessoas.
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O trabalho bem feito e os números chamaram a atenção de grandes marcas. As gigantes Nissan e Ajinomoto viraram patrocinadoras do portal. E isso é só o começo, especialmente porque em 2020 tem os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Conheça essa bela história na entrevista que Gavini concedeu para Almir Rizzatto, idealizador da Escola Digitalista e com quem ele fez o curso de Marketing Digital para jornalistas, em 2016, no início da jornada do Olimpíada Todo dia.
Almir Rizzatto: De onde surgiu a ideia de fazer o Olimpíada Todo Dia? Era um sonho seu?
Fernando Gavini: A ideia de fazer o Olimpíada Todo Dia tem muita ver com a forma forma com a qual comecei minha carreira. Escolhi ser jornalista esportivo assistindo à abertura da Olimpíada de 1992, em Barcelona. Eu tinha 15 anos de idade e fiquei encantado com aquilo, pensando: “Poxa vida, como é que um dia eu posso estar num lugar desse?”.
Como na época de escola sempre fui bem em redação, decidi ser jornalista. Quatro anos depois daquela Olimpíada, entrei na Faculdade Cásper Líbero e, em 1997, eu já estava trabalhando, como estagiário. E aí começou a minha carreira como jornalista. Já são 22 anos e a maior parte desse tempo trabalhei com futebol, até pelas necessidades do mercado da mídia tradicional.
Fiz algumas matérias relacionadas aos esportes olímpicos, como Jogos Pan-Americanos de 2004, quando na época eu estava na ESPN. Na emissora onde fiquei quase 10 anos, havia programas dedicados ao assunto. E eu gostava muito daquilo. Fiz cobertura do Mundial de Vôlei de Clubes no Qatar, de jogo de NBA, do Pré-Olímpico de basquete de 2008, na Grécia… Esses foram os momentos em que eu fiquei mais próximo do esporte olímpico, mas, naturalmente, trabalhava mais com futebol mesmo.
Neste período todo o projeto da Olimpíada ficou guardadinho. Mas, lá no fundo, eu sentia que tinha alguma coisa…
No final de 2013, saí da ESPN e fui para a TV Gazeta. Ali me afastei do esporte olímpico, pois o foco era futebol e fiquei muito tempo em São Paulo, que é o público da emissora. Mas eu tinha uma coisa dentro de mim, um desafio profissional que estava faltando, de fazer mais coisas, de viajar, que era algo que eu tinha muito na ESPN.
E aí, quando teve a Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, fui lá para assistir. Fiquei em três finais de semana, sendo dois na Olimpíada e um na Paralimpíada. Voltei de novo encantado com tudo que eu vi por lá. Foi quase uma repetição da história de 1992, quando eu era adolescente, só que desta vez com uma possibilidade, uma ideia na cabeça.
Pensei: “Poxa todos os ginásios lotados, o brasileiro gostou da Olimpíada… O que eu posso fazer com isso? Quero fazer alguma coisa!”. Daí voltei para casa e surgiu a ideia de criar um blog para mostrar para as pessoas como elas podiam acompanhar o esporte olímpico. E mostrar que Olimpíada não acontecia apenas de 4 em 4 anos, mas, sim, todo dia. Eu queria ser um mecanismo para as pessoas poderem acompanhar aqueles atletas para quem elas torceram lá no Rio. E foi assim que, em setembro de 2016, nasceu o Olimpíada Todo Dia, um blog pessoal, que eu fazia sozinho. Naquela época, nem imaginava que pudesse virar tudo que virou.
Almir Rizzatto: Como era a estrutura no início e como é hoje?
Fernando Gavini: O portal nasceu em setembro de 2016. Era só eu que fazia. Em janeiro do ano seguinte entrou a Giovana Pinheiro, que é minha sócia hoje. Mas era tudo voluntário. Inclusive algumas pessoas trabalharam voluntariamente. Depois tivemos o Guilherme Figueiredo, que também entrou na sociedade. E aí a coisa foi ficando mais séria. Conseguimos um investidor, o patrocínio da Nissan, agora da Ajinomoto…
Começamos com uma pessoa e hoje somos em mais de 20, contando os sócios, a equipe de redação, os videomakers, um profissional de arte, um de programação e o time comercial. Exceto o pessoal de vendas, que ganha comissão, todos os outros profissionais recebem salários.
Almir Rizzatto: Fale um pouco dos números do portal…
Fernando Gavini: No primeiro ano tivemos 600.000 usuários únicos e quase 2 milhões de pageviews. No segundo ano, saltamos para 1.700.000 de visitantes únicos e mais de 5.300.000 páginas acessadas. E agora, no terceiro ano, estamos com 4.400.000 de usuários e mais de 12.000.000 de pageviews.
Almir Rizzatto: Recentemente você pediu desligamento da TV Gazeta. Isso foi para se dedicar exclusivamente ao site?
Fernando Gavini: Sim, saí da Gazeta para me dedicar ao portal. Até então eu nunca tinha tirado dinheiro do OIimpíada Todo Dia. Havia decidido que só ficaria exclusivo ao projeto quando conseguisse ter o mesmo salário da Gazeta. E isso acontecerá agora em dezembro, pela primeira vez.
Almir Rizzatto: Muitos têm dúvidas se dá para viver só de internet, de um canal de notícias. Você está mostrando que sim. Que tipo de dica você pode dar para quem quer criar um canal de conteúdo?
Fernando Gavini: Hoje em dia, com todas as facilidades que temos para criar um site, um canal, uma rede social forte, é possível, sim, viver desta forma. Inclusive para se tornar independente da mídia tradicional. E, se possível, para preencher uma lacuna, como foi o que fizemos, já que a mídia se dedica quase que totalmente para o futebol no dia a dia.
E, além de produzir notícias, é preciso produzir conteúdo que seja interesse de empresas relacionadas ao tema, ao universo que você aborda. Assim, é possível conseguir parcerias, para que essas empresas usem seu conteúdo para ativar patrocínios, vender produtos e gerar mais engajamento na marca deles, por exemplo.
Foi assim que fechamos com a Nissan e, recentemente, com a Ajinomoto. Fomos atrás delas através da nossa equipe comercial e fechamos contrato de um ano.
Almir Rizzatto: De que forma o curso de Marketing Digital para jornalistas, que você fez, ajudou neste trabalho do portal?
Fernando Gavini: O curso de Marketing Digital para jornalistas ajudou muito. Fiz em novembro de 2016, logo no começo do Olimpíada Todo Dia. Eu não sabia fazer SEO, mal sabia mexer nas redes sociais… Aprendi tudo isso no curso e passo esse conhecimento para toda minha equipe.
E 80% da nossa audiência vem gratuita, através do Google. Isso graças ao SEO. Nossos conteúdos sempre aparecem nas primeiras posições de pesquisas relacionadas a esporte olímpico.
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